A capacidade disruptiva da mente humana

Ricardo Pereira
2 min readApr 27, 2021

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Nos dias que correm a corrida tecnológica é ganha por quem chega em primeiro lugar ao topo, com o máximo de qualidade, funcionalidade e simplicidade. Isto leva à enorme disrupção que vivemos hoje.

O panorama torna-se tão violento que leva à adoção de novas estratégias e ferramentas para atingir as metas impostas pelo mercado, cada vez mais exigente e crítico, levando a grandes reformulações organizacionais, estruturais e, as mais difíceis de implementar, de mindset.

Com base nesta evolução começam a ser comuns termos como “Agile” e “Low-Code”, muitas vezes associados a um rápido time-to-market e símbolos de qualidade e capacidade de resposta às mudanças impostas pelos clientes finais. Mas será que estes conceitos são aplicados corretamente?

Muitas vezes, o mindset empresarial e a resistência à mudança levam a uma quebra e falta de rendimento das frameworks agile, tal como o fraco aproveitamento de plataformas de desenvolvimento de software low-code.

Quer isto dizer que estes conceitos não resultam? Não. Isto apenas mostra que a capacidade de mudança não se restringe apenas às ferramentas, mas também à capacidade do ser humano de abraçar a mudança, de reduzir a sua resistência ao “diferente”, de compreender que tudo tem uma curva de aprendizagem e que a sua abordagem a tal cenário pode interferir, positiva ou negativamente, a adoção de tais ferramentas e artefactos. Tudo evolui, e cada vez mais rápido. Estará o ser humano, em geral, capacitado de acompanhar o ritmo?

O mercado comprova que é possível ter sucesso com esta mudança, sendo que existem diversos fatores que podem influenciar a velocidade e a adoção do mesmo, tais como a economia, cultura e fatores sociais. Isto levanta sempre a questão do trade-off, visto que o custo e esforço necessários para a mudança de abordagem, o tipo de empresa e o mercado alvo podem não justificar a mudança e/ou tornar a mesma insustentável. No entanto, durante quanto tempo esse trade-off será válido?

A disrupção veio para ficar. Tudo evolui mais rápido que um piscar de olhos. Os consumidores, a cada dia que passa, ficam mais exigentes. Até que ponto o insucesso ou a não aderência a este novo paradigma poderão ser fatores de queda de grandes impérios e/ou surgimento de novos?

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Written by Ricardo Pereira

Passionate about software development, started my journey in Outsystems in 2016, getting completely addicted to the platform.

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